quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Da França para o Brasil: na UNISINOS.

Muito tempo depois que um grupo de professoras da Unisinos  traduziram textos de sua Grammaire (uma obra primorosa que revela uma visão de Língua muito interessante e viva) para estudos, entre elas a coordenadora do Curso de Letras, Adila Naud de Moura, a estudiosa e pesquisadora eminente Maria Eduarda Giering e a  incansável e atuante professora e dinamizadora do Ensino Propulsor (Português), Maria Helena Albé, entre outras, ....ora... verdade: ELE veio.
Brincando com as palavras em Português , que domina muito bem, sobre o fato de a professora Maria Eduarda tê-lo "perseguido" durante anos para que aqui estivesse, declarou sua alegria, ofertou simplicidade e compartilhou bom humor desde o primeiro dia de curso, com o caráter de um sábio e o olhar de um companheiro de viagem pelo mundo dos saberes da Lingua(gem)!
Sim, ele veio: Patrick Charaudeau.
Talvez certos acontecimentos só possam ter sua dimensão melhor entendida quando o tempo passar e a memória os tiver gravados em uma  faixa nobre de imagens pretéritas;  talvez algumas memórias só interessem àqueles que compartilharam um momento inicial de uma trajetória como esta que só conheci de perto quando ingressei no Mestrado, lá em 2005, tomando contato com este grupo extremamente rico em generosidade de compartilhamento dos saberes e em bondade na confiança no trabalho de quem recomeçara a vida acadêmica cheia de sonhos e projetos... 
Certamente, o mundo sabe o valor de Charaudeau para os estudos da Língua e Linguagem, hajam vista as publicações e a extensa contribuição destas e das participações em eventos internacionais bem como na fundação de e colaboração para grupos em inúmeros países.
Ele veio. 
Ele já se foi. 
Ele fica, por suas ideias e sua forma muito meiga e firme de contar a seus "seguidores" ou admiradores a sua ciência e a sua arte, o seu saber e o seu sabor de viver e estudar a Lingua(gem) em suas inúmeras faces e momentos... Valeu!
Estes são alguns participantes do grupo da Professora Eduarda, atualmente, cercando o inesquecível mestre e doutor sa Semiolinguística.

Foto: Grupo de pesquisa DCEROT após primeira aula de curso ministrado por Patrick Charaudeau entre os dias 5 e 7 de novembro!

domingo, 28 de outubro de 2012

     Confesso que nem terminei de ler o texto todo, mas quero anotar o link por aqui, para divulgar um pensamento que se faz necessário. Língua é gramática, sim (e devemos aprendê-la na escola, partindo de seus usos nos textos de diversos gêneros e fins)mas ... ... ...
    Assim, o uso da língua segue a ocasião do uso e , por isso, veste a roupa adequada ao clima onde se usam as palavras... Casaco bem cortado, bermudas ou camiseta... Isso se aprende (não sem trabalho!)
     Claro que o erro não pode ser aplaudido, e o que importa é promover leitura e escrita, além de, sobretudo, ensinar o hábito de um olhar atento à palavra em uso. Contemplação e reflexão dos usos e dos efeitos de sentido que tais usos promovem ou impedem acontecer!!!!!!!!!!!!!! 
   Mais tarde, volto a "escrever sobre". Agora...
... O texto de Possenti diz algo interessante para se pensar. Leiamos.

Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/obsessao-ortografica  

domingo, 29 de julho de 2012

Muito difícil esta vida... Acho que a gente é que se prende a ela de forma tão crucial e não nos damos conta de que não somos nada de nada... fios flexíveis pensantes e errantes... (imagino uma flor desenhada ou em aquarela de manchas tênues: presa ao chão, teimosamente, e um vento frio e forte vergando sua haste...  imagem, desenho, traços...) 
A vida é um traço.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Em nível de? A nível de?

A nível de / em nível de ?

Primeiro: nível

O significado do substantivo “nível” é “altura, âmbito, categoria, status”.

Assim, nas expressões em que esses sentidos cabem, é possível utilizar a palavra “nível”. Eis os exemplos:
a) É possível constatar o nível semântico desta expressão que lemos no texto.
b) O grupo deste partido não objetiva descer ao seu nível de caráter.
c) Tal legislação está vigorando apenas no nível estadual.
d) A cidade onde moras está ao nível do mar (no nível do mar).

Segundo: a e em nível

O uso dessa expressão tem sido inadequado...

a) A NÍVEL DE. É modismo. Evitemos. Vejamos estes exemplos de http://visualdicas.blogspot.com/2009/03/em-nivel-ou-nivel-de.html

"A nível de relatório, o trabalho está muito bom."
O certo é: "Quanto ao relatório... ou Com referência ao relatório..."

"Levou um pontapé ao nível do joelho."
O certo é: "Levou um pontapé na altura do joelho."

b) EM NÍVEL. Só pode ser usado em situações em que existam "níveis":

"Este problema só pode ser resolvido em nível de diretoria."
"Isso será analisado em nível municipal."

Quando se quiser usar no sentido de "no que diz respeito a", "em relação a", "em termos de", esta expressão é um modismo, e de gosto duvidoso. É adequado usar com a preposição em. Vale lembrar a relação de sentido com a ideia de “âmbito”.

Exemplificando:

Em nível de Brasil, verificam-se grandes diferenças regionais.
Não há outra opção melhor do que Gramado, em nível de turismo no Rio Grande do Sul.
A expressão a nível de deve ficar restrita ao sentido de nivelamento.
Exemplo:

Esta cidade não se situa ao nível do mar.
As águas, em Belo Horizonte, chegaram a um nível nunca antes visto.

Vale lembrar: expressões como em termos de, no que concerne a, no que diz respeito a são bem mais elegantes e apropriadas ao nível culto da língua do que a nível de.


Agora, você já tem o nível de conhecimento que o/a habilita usar essa expressão com um bom nível de adequação. Em nível de saberes sobre a Língua Portuguesa, você já pode considerar que é possível chegar a níveis cada vez mais próximos do ótimo!